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Foto do escritorDenise Schinazi

Escondendo a barriguinha: mitos e verdades

Na minha consultoria, não faço análise de silhueta. Acho que não tem necessidade de classificar o corpo de ninguém como uma fruta ou uma forma geométrica, e muito menos precisamos "equilibrar silhuetas" pra todos ficarem com o corpo "padrão-ideal". Acho que cada um é livre para destacar as partes que mais gosta, independente se o quadril vai ficar mais largo que os ombros ou se a pessoa vai ficar achatada (eu mesma sou baixinha e não me incomodo, portanto não uso em mim todos os truques para alongar o corpo!).


Mas quando tem alguma parte do corpo que incomoda uma cliente, posso sempre usar essas técnicas para deixá-la mais feliz em relação ao que vê no espelho.

Esses dias atendi uma cliente no Cápsulas de Estilo que está com uma dificuldade de aceitação da própria imagem. Desde a maternidade, seu corpo mudou, ela ganhou peso e surgiu uma barriguinha que a incomoda. Acho que muita gente se identifica com essa história, não?


E como isso interfere no nosso jeito de se vestir?



É natural querer esconder uma parte do corpo que a gente não gosta, porém precisamos tomar cuidado com alguns mitos.

No caso da barriga, muita gente pensa que a melhor forma de esconder é usar roupa larga, para não marcar a região, mas isso acaba gerando o efeito oposto. Marcar a cintura é uma ótima forma de criar essa cintura mais fina (olha aqui como ocorre essa ilusão de ótica) Como essa cliente assina o Cápsulas de Estilo Premium, temos um atendimento online de uma hora todo mês, em que ela traz suas questões, e pudemos entrar a fundo nesse assunto. Com autorização da cliente, vou colocar uma foto de como ela costumava se vestir, com as blusas largas para fora e outra dela após esse primeiro atendimento, em que tivemos essa conversa:

















Ela nunca usava desse jeito na direita, com blusa pra dentro e tinha uma dificuldade de usar cintos pelo mesmo motivo (falamos sobre isso depois que enviei pros assinantes do Cápsula uma dica de styling falando sobre cintos).



Mas da reunião, ela entendeu o raciocínio, resolveu tentar e adorou o resultado!


E quando a questão é o tamanho das peças?


Tem mais um mito que rola muito por aí!

Muita gente fica encanada com o tamanho das peças, e se força e comprar o tamanho menor, mesmo que ele feche com dificuldade. O medo de subir uma numeração é tão grande que comprar o tamanho maior fica acima do conforto. Isso é problemático em vários níveis: primeiro porque o número na etiqueta não significa nada. Às vezes na mesma marca temos um modelo 42 que é do mesmo tamanho do 40 de outra peça. Não tem padrão, e então não faz sentido usar isso pra escolher nossa numeração. Eu mesma vario três números dependendo da marca/confecção.

Além disso, ao comprar o mais apertado, estamos escolhendo a peça que vai marcar mais, e não a que vai ter um caimento melhor. E um caimento melhor vai nos deixar com a aparência melhor, e não, não vai "engordar". E fora o conforto, né? Não nos livramos do espartilho pra caber a qualquer custo numa calça 38! Quando a cliente assimilou isso, passou a fazer compras melhores e me mandou esse feedback acima. E tem toda uma conversa sobre modelagem, tecido e estrutura da peça, que fica pra uma outra conversa...mas o ponto aqui é mostrar que a gente tem muitos mitos e tabus, e quando se desfaz deles, conseguimos ser livres pra um vestir melhor!

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