Quem me acompanha no instagram ou pela newsletter (se você não assina, é só clicar aqui e assinar no fim da página) sabe que eu passei as duas últimas semanas em Nova York. Março é um mês ainda frio lá, e sabemos o quão desafiador pode ser, pra muitas pessoas, fazer uma mala de frio sem extrapolar os limites permitidos para bagagem.
Os casacos são grandes, as botas são pesadas, e usamos mais camadas de roupa mesmo. Mas nenhuma companhia te dá mala extra se você tá indo pra um destino frio. Seja pra praia, pro deserto ou pra neve, você tem que encaixar tudo em 23kg (isso quando não é só mala de mão, mas aí é outro assunto: já fiz e garanto que rola!).
Mas o segredo de qualquer mala bem feita é o planejamento. É necessário pensar a duração da viagem, pesquisar os tipos de passeio que você quer fazer, checar a temperatura do local na época da viagem e planejar o que você precisa levar para não ter excessos, mas também não faltar nada.
Vou usar o exemplo da minha mala dessa viagem pra te ajudar a pensar na sua, então guarda esse post e revisita quando for sua vez de embarcar num avião!
Minha viagem tinha um total de 8 dias no local (mais o tempo dos voos, então 10 dias ao todo). Eu me permiti colocar um casaco a mais do que precisaria, e mais partes de baixo que o necessário também, pois sabia que teria alguns eventos específicos pros quais queria looks diferentes e minha mala estava sim com espaço de sobra. Minha mala estava com 17kg, mas dava facilmente pra ter ido com 15kg se eu quisesse.
Mas bora lá, vamos ver tudo o que tinha na mala?
Gosto muito de começar pelas partes de baixo, e a quantidade ideal é sempre a metade do número de dias da viagem, pois é mais fácil repeti-las mudando a parte de cima e ficar com cara de look novo. Para 10 dias, precisava de 5 partes de baixo. Escolhi 4 calças. Uma azul petróleo bem escura de couro, modelo pantacourt, uma wide leg de veludo mais quentinha marsala, uma de sarja de animal print, além de uma jeans slouchy, com cintura de elástico, que eu amo, é super confortável e é a única jeans que acho confortável suficiente até pra avião (geralmente viajo com calças mais molinhas), mas essa é tão boa que foi no aerolook!
Poderia ter colocado só mais uma parte de baixo, mas tinha eventos pra ir que queria estar de saia, e passeios que preferia fazer de calça, e como as saias são levinhas, levei um pouco mais:
Foram essas 4 aqui de cima: da direita pra esquerda, uma longa tricolor de crochê (elogiada por duas pessoas aleatórias quando usei), uma midi preta, uma mais curta cinza de lã e uma rendada (essa podia ter ficado sem, acabei não usando, mas era tão leve que ok).
Vocês podem ver que as saias são todas neutras e as calças são todas neutros coloridos (sim, neutro colorido existe: são cores mais fáceis de combinar como o marinho, vinho, mostarda, verde militar, azul jeans etc, e pra mim oncinha entra quase no neutro também, é só desfocar o olhar e você vê um grande marrom com preto, ou seja: neutro!). Gosto de levar partes de baixo neutras ou neutras coloridas, assim fico mais livre com a escolha de cores das partes de cima, que mais aparecem.
Vamos ver então as partes de cima: o ideal é ter duas a três partes de cima pra cada parte de baixo. Eu não sou de trocar muito look ao longo do dia em viagem, passo o dia batendo perna sem voltar pro hotel, então não costumo levar mais partes de cima que o número de dias da viagem. Isso da proporção 3:1 funciona bem pra quem volta pro hotel a tarde, toma um banho e sai a noite com outro look, mas raramente é meu perfil em viagem. Na minha mala, portanto, ficou assim:
3 blusas/camisas mais finas pros eventos mais sociais que tinha (ou look noite se fosse o caso) e 5 tricôs mais pesados, alguns com gola mais alta (o quinto vocês podem ver junto com a calça jeans na foto do aerolook mais abaixo). Eu sempre penso que as partes de cima tem que combinar com uns 90% das partes de baixo e vice-versa. Nunca levo uma peça que só combina com uma opção.
Um detalhe importante é que, mesmo as blusas mais finas tinham um decote mais fechado pra poder usar com térmicos embaixo sem aparecer, já que estaria frio.
Além disso, ainda levei umas camisetas leves de manga comprida, manga curta pro avião (porque São Paulo estava um forno), além de blusas térmicas e segundas peles, pra deixar quentinho sem fazer volume. Até por que, o segredo de não passar frio tá na escolha de tecidos de cada camada, e não na quantidade de peças que você coloca.
Agora vem os casacões: sempre levo esse meu preto dupla face (esportivo puffer de um lado, de pelo do outro) e algum neutro mais claro e mais comprido. Como vi que tinha espaço de sobra, levei também um outro que pudesse adicionar cor aos looks:
Todos com pelinho dentro, que aí esquenta mesmo!
Além disso, 2 sapatos (normalmente seria 1 tênis e 1 bota, mas escolhi 2 botas super confortáveis), meia calça, cintos (minha assinatura de estilo, não podiam faltar!), itens de frio como luva, gorro, cachecol - que também podem dar um tchan ou um ponto de cor ao look. Uma bolsa pra dia e uma pra noite. E de acessórios, colares grandes pra ir em cima dos tricôs (pequenos nem aparecem no meio desse monte de roupa) e brincos pequenos pra não enganchar no cachecol ou gola alta. Pulseira quase não aparece).
Essa mala deu e ainda sobrou, dava facilmente pra ficar duas semanas sem tirar nem por mais nada!
Olha aí os looks da viagem, alguns em diferentes versões pra diferentes níveis de frio:
Agora que dividi meu processo (e minha mala) com você, me conta: você leva coisa de mais ou de menos quando viaja?
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